A Existência de Deus

Antes de analisar e resolver este Tema, permitam-me que vos fale de alguém que acaba de retornar à Grande Pátria ( Mundo Espiritual ).

Esta Mensagem Espiritual começa, pois, a ser escrita no preciso momento em que toda a Terra se despede fisicamente, dessa Humilde Serva do Cristo, considerada por todos os Crentes como sendo a Santa dos Pobres. Refiro-me à nossa bendita Irmã Madre Teresa de Calcutá. O seu Exemplo, porque advém de ter sabido seguir as Pegadas do Cristo, motiva-nos a iniciar este recado, dado com a mesma fraternidade, por assentar nos mesmos Princípios Crísticos que a orientaram nesta encarnação, que agora chegou a seu termo.

Presto-lhe, assim, aqui e desta forma, minha Fraternal Homenagem, agradecendo entretanto a DEUS por no-la ter enviado e dado como Irmã neste momento de nossa evolução. Cumpriu, como dissemos, na extrema simplicidade e verdade, o exemplo do CRISTO, conjugando como devia o verbo AMAR. A sua Obra foi e é, sem engano, exemplo bastante de como o Cristianismo se encontra Vivo nos Corações de todos os que conhecem e cumprem o Evangelho.

Dedicamos-lhe com inteira Justiça, o que o nosso querido Irmão de Luz, Espírito EMMANUEL, afirmou sobre a grande obra espírito-literária: " A Grande Síntese " e sobre quem teve o mérito de a receber, o Prof. Pietro Ubaldi, considerado o Apóstolo do Terceiro Milénio:

Passo a transcrever Emmanuel:

" Quando todos os valores da civilização do Ocidente desfalecem numa decadência dolorosa, é justo que saudemos uma luz como esta, que se desprende da grande voz silenciosa de: A GRANDE SÍNTESE.

Na mesma Itália, que vulgarizou o sacerdócio romano, eliminando as mais belas florações do sentimento cristão no mundo, em virtude do mecanismo convencional da igreja católica, aparelhos ( médiuns ) existem da grande verdade, restaurando o messianismo, no caminho sublime das revelações grandiosas da fé.

A palavra do Cristo projecta nesta hora as suas irradiações enérgicas e suaves, movimentando todo um exército poderoso de mensageiros seus, dentro da oficina da evolução universal. O momento é psicológico. As nossas afirmativas abstraem do tempo e do espaço, em contraposição às vossas inquietudes; mas, o século que passa deve assinalar-se por maravilhosas renovações da vida terrestre.

As contribuições exigidas serão bem pesadas. Todavia, uma alvorada radiosa sucederá às angústias deste crepúsculo.

Aqui fala a Sua Voz divina e doce, austera e compassiva, No aparelhamento destas teses, que muitas vezes transcendem o idealismo contemporâneo, há o reflexo soberano da sua magnanimidade, da sua misericórdia e da sua sabedoria. Todos os departamentos da actividade humana são lembrados na sua exposição de inconcebível maravilha !

É que, sendo de origem humana a razão, a intuição é de origem divina, preludiando todas as realizações da Humanidade. A grande lição desta obra é que o Senhor não despreza o vosso racionalismo científico, não obstante a roupagem enganadora do seu negativismo impenitente.

Na sua misericordiosa sabedoria, Ele aproveita todos os vossos esforços, ainda os mais inferiores e misérrimos. Toma-vos de encontro ao seu coração augusto e compassivo, unge-vos com o Seu amor sem limites, renovando os Seus ensinamentos do Mar da Galiléia.

Vede, pois, que todos os vossos progressos e todos os vossos surtos evolutivos estão previstos no Evangelho. Todas as vossas ciências e valores, no quadro das civilizações passadas e no mecanismo das que hão-de vir, estão consubstanciados na sua palavra divina e redentora.

A GRANDE SÍNTESE é o Evangelho da Ciência, renovando todas as capacidades da religião e da filosofia, reunindo-as à revelação espiritual e restaurando o messianismo do Cristo, em todos os institutos da evolução terrestre.

Curvemo-nos diante da misericórdia do Mestre e agradeçamos de coração genuflexo a sua bondade. Acerquemo-nos deste altar da esperança e da sabedoria, onde a ciência e a fé se irmanam para Deus.

E, enquanto o mundo velho se prepara para as grandes provações colectivas, meditemos no campo infinito das revelações da Providência Divina, colocando acima de todas as preocupações transitórias, as glórias sublimes e imperecíveis do Espírito imortal. "

Madre Teresa de Calcutá merece, pois, por tudo quanto fez e exemplificou, ser chamada: LUZ.

Foi LUZ na Terra e é LUZ no Plano Espiritual Superior para onde subiu. Uma Estrela que voltou à Sua Constelação: DEUS !

Obrigado Querida Irmã, por teu soberano Exemplo ! Sê nossa força e nossa Luz !

Neste nosso acto de Amor Fraterno, que por esta Obra vos oferecemos, a todos desejamos apresentar, nestes actuais Tempos de renovação e transmutação, o verdadeiro Caminho para DEUS, seguindo a única interpretação da Palavra do CRISTO, plasmada no Seu Santo Evangelho, hoje soberanamente explicado por todos " Aqueles que da Lei da Morte se libertaram ", os Espíritos de Luz.

Se nesta actual vinda à Terra trouxemos a tarefa de O defender e de O apresentar segundo os ditames do Direito Divino, iniciemos, pois, tal defesa e apresentação.

É a Origem e o Fim de tudo. É o Criador, causa primeira de todas as coisas. É a Suprema Perfeição, titular de todos os atributos que a nossa imaginação possa alcançar e muito mais, ao infinito, para além dela.

Porque somos ainda imperfeitos, não podemos conhecer e apreender a Sua natureza. Sendo imperfeitos e portadores de uma inteligência limitada, não poderemos abranger, logicamente, o conhecimento ilimitado e perfeito que é DEUS !

Quem, numa noite limpa de Verão sem luar, olhar o firmamento de um local escuro, verá uma pequena parte de Sua Criação. Verá a magnificência de Deus Pai, o Criador.

São muitos milhões de astros que se vêem: estrelas, planetas e nebulosas que, com seu cintilar e brilho, nos confirmam e garantem sua indiscutível existência. Como nada provém do acaso, por Deus nos obrigam a concluir terem sido criados. Tudo é, absolutamente, de Sua Criação ! Se soubermos ser humildes ( pequeninos ), tudo isto nos será mais fácil de aceitar !

Se grande, fausto e belo é o que se vê nesta física dimensão, quão mais não será tudo o que a nossa vista não alcança e se situa além dela ? E mesmo com instrumentos próprios, o que é que não haverá nesse Universo infindo ou nesses outros Espaços/Tempo, que não se conseguem alcançar e ver com os olhos da matéria ?

Quem, assumindo natural e concreta postura humilde, cônscio de sua finitude actual mas cônscio, outrossim, de sua evolução, não se sentirá ainda muito pequenino perante tamanha grandeza, ou, dito de outra forma, perante tão bela maravilha criadora ?

Será, pois, lícito duvidar-se, ainda, da existência de Deus, se ao homem cabe ainda, infelizmente, a tarefa de ser, apenas e tão só, mero espectador de Sua Criação ?

Diz-nos Galileo Galilei Galileu, in " A Génese " de Allan Kardec, que as Galáxias se sucedem umas às outras nesse Cosmos infinito. Sim ! Esse Querido Irmão que na Terra se viu obrigado a retractar-se perante a ignorância, por medo à fogueira, encontra-se hoje na Espiritualidade Maior, e, em tal Mundo Espiritual, continua a dedicar-se às questões próprias da Ciência que na Terra o apaixonou: a Astronomia.

Ao dar-nos conta de seus trabalhos em tal Ciência, descreve, relata e faz-nos sentir como se estivéssemos vivendo, em sua companhia, viagem maravilhosa inter-galáxias. Tudo está, como ele refere, em perfeita ordem e harmonia no Cosmos. Assim é Deus e assim é toda a Sua Criação: Perfeita e Harmoniosa ! Se alguém estraga alguma coisa, esse alguém é, seguramente, o homem !

Sendo Deus o Criador de tudo quanto existe, visível e invisível, que outra coisa desejaríamos ver que não fosse o que efectivamente vemos ou intuímos ?

Deus, conforme nos elucidam os Espíritos Puros por Allan Kardec ( o codificador da Ciência dos Espíritos ), precisamente por ser Deus e, ao sê-Lo, não poderá ser definido e compreendido totalmente por nós. Seja, porque, desde logo, somos imperfeitos e limitados, seja porque não possuímos, por isso mesmo, as faculdades próprias ou as capacidades evolutivas suficientes para O podermos definir, enquanto Ser Supremo, Perfeito e Ilimitado.

Se nisto atentarmos conscientemente e se não abandonarmos os Princípios da Boa-Fé, não nos será difícil aceitar isto como Verdade e, assim, mais desocupados ficaremos para nos preocuparmos com o que deverá estar mais perto de nossa preocupação, sem, todavia, deixarmos de O aceitar e de O amar, acima de todas as coisas.

Qualquer criança, quando pequena e porque infante, ama e segue seu Pai sem impedimentos, mesmo sem possuir, como se sabe, conhecimentos suficientes acerca dele, ou seja, sem ter dele os conhecimentos que dele terá quando for adulto. Em relação a Deus-Pai somos, efectivamente, crianças, infantes. Deixemos, pois, que seja Ele quem, nesta fase, nos conheça e nos ame, e preocupemo-nos em crescer serena e sinceramente, para podermos ter d' Ele, um dia, total conhecimento.

Mesmo que ainda O não possamos ver, Ele nos carrega ao colo, deixando na areia da praia, como se sabe pelo poema, esse único par de pegadas.

Deus, precisamente por ser Deus, é Omnipotente, Omnisciente e Omnipresente. E, porque isso é, tudo pode, tudo sabe, em tudo existe e em toda a parte está.

Por tudo o que acabamos de referir, ao olharmos o espaço cósmico que nos circunda, e mesmo sem aferirmos o que existirá para além dele, seguindo um axioma aplicado às Ciências terrenas, igualmente muito fácil se nos torna afirmar que não há, nem haverá efeito, sem causa.

Se o Universo existe, terá que ter uma causa, ou seja, terá que haver uma causa que o fundamente e justifique. Duvidar da existência de Deus é negar que todo o efeito tem, necessariamente, uma causa e, por outro lado, é sustentar que o nada pode fazer alguma coisa.

Ora, ao procurarmos a causa ou causas de tal ou de tais efeitos, isto é, de tudo quanto existe e se, feita tal procura ou busca, obedecendo a esse rigoroso processo e método científico, constatamos que, afinal, tal ou tais causas não se encontram no Homem, isto é, que não foi o Homem quem criou ou é a causa de tudo quanto existe ...

... Aí, sem margem para qualquer dúvida ou receio, a lógica e a razão, sem terem, sequer, necessidade de nos impor seja o que for que não seja a Verdade, obrigam-nos a concluir e a responder que, efectivamente:

Aqui chegados, aceitando-O e tentando cumprir Sua Lei, Seus Mandamentos oferecidos ao Homem através de Moisés e confirmados por Cristo, iniciámos, assim, o nosso Caminho de regresso à Sua Casa, à nossa Casa.

Sejamos, pois, bem-vindos ao Caminho que nos conduz de regresso à Casa do Pai !